
O regime do ditador Nicolás Maduro decidiu “antecipar” novamente o Natal na Venezuela.
Em pronunciamento na noite desta segunda-feira (8), transmitido pela emissora estatal VTV, o líder chavista decretou que as celebrações natalinas terão início já em 1º de outubro, em meio à crescente tensão com os Estados Unidos pela mobilização de navios militares americanos no Caribe.
“Vamos aplicar a fórmula de outros anos, que nos saiu muito bem, para a economia, para a cultura, para a alegria, a felicidade, e vamos decretar (que) a partir de 1º de outubro o Natal na Venezuela começa outra vez, neste ano também”, disse Maduro em seu programa semanal de televisão.
O governante justificou a decisão como uma forma de defender “o direito à felicidade, à alegria” da população, mesmo em meio às dificuldades econômicas e ao isolamento político do país.
“Das dificuldades surgiu o melhor de nós, a capacidade de nos refazer e de nos reconstruir e de nos fazer de novo”, acrescentou.
Segundo Maduro, 2025 teria sido “um ano bom” e “bonito” para o país, com avanços em várias áreas. A fala contrasta com os indicadores internacionais, que apontam crise humanitária, êxodo migratório e recessão econômica sob o regime socialista, bem como a intensificação da perseguição e tortura contra opositores.
A antecipação do natal não é um ato inédito de Maduro. Em setembro do ano passado, o ditador chavista também declarou o início precoce do Natal, dizendo que era uma “homenagem” e um “agradecimento” aos venezuelanos após as eleições presidenciais de julho de 2024 – pleito marcado por denúncias de fraude feitas pela oposição, que, segundo relatórios de democracias ocidentais, foi a verdadeira vencedora daquela eleição.
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